Como serão os livros no futuro?
Com novas tecnologias servindo à leitura, feiras do livro, como a de Jaraguá, podem ser diferentes no futuro
Como você imagina a Feira do Livro de Jaraguá do Sul daqui a 20 anos? Esse questionamento foi feito ao editor e organizador do evento, Carlos Henrique Schroeder, que, apesar de ser um apaixonado pelos livros impressos, rende-se a uma nova paixão: a tecnologia. Schroeder tem dois leitores digitais: o Kindle e o iPhone. Ele se rendeu a essas ferramentas por causa da profissão, mas acredita que será impossível controlar a vinda desses equipamentos e o livro de papel está mesmo fadado a virar raridade. “O livro de papel nunca vai deixar de existir. Mas daqui a 20 anos será restrito a colecionadores e sebos”, prevê.
Na visão de Schroeder, as tecnologias não serão as vilãs das editoras, já que, por meio delas, haverá uma democratização da literatura. “Um aparelho como esses pode armazenar centenas de livros, que são baixados na internet até 70% mais baratos e, em alguns casos, de maneira gratuita. Você baixa um livro em menos de um minuto, além da praticidade de levá-los aonde quiser”, explica. Porém, o acesso à internet, a energia elétrica e a desconfiança das pessoas são alguns pontos a melhorar nessas ferramentas.
Mas enquanto há os desconfiados, o novo universo literário atrai um público bastante variado. “São pessoas de 17 a 50 anos. Santa Catarina ainda está atrasada em relação às grandes cidades do País. Em São Paulo, por exemplo, todo executivo carrega um desses”, relata. Outro ponto são os adolescentes. “Uma literatura cada vez mais interativa é mais atraente para o público jovem”, defende.
Se o livro digital pode custar 70% mais barato ou até de graça, a venda de livros na internet também é uma aparente ameaça para as livrarias. Porém, quanto a essa concorrência, Schroeder explica que não há muito o que fazer. “Dentro da cadeia produtiva, 40% de cada livro vendido é da livraria, 40% da editora, 10% da distribuidora e 10% do autor. Na internet, não são repassadas as partes da livraria nem da distribuidora, além do fato de comprarem em quantidade maior, por isso, são até 50% mais baratos.” As dicas de Schroeder para que as livrarias sobrevivam é que façam eventos como contação de história e bate-papos literários para fidelizar os clientes.
Mas e a pergunta sobre como será a Feira do Livro daqui duas décadas? “O jeito será vender dispositivos móveis e e-readers (livros digitais). Mas, uma coisa é certa, as estrelas da feira são as histórias, que estão dentro dos livros e isso nunca vai deixar de existir.”
Fonte: Jornal A Noticia - 4 de julho de 2011. | N° 1178
Palestra - Alunos de Odontologia da Univille
Descrição:
Os alunos dos 9ºnos participaram de uma palestra na Biblioteca Monteiro Lobato da E. M. Profª Rosa Mª Berezoski Demarchi, onde foi abordado diversos temas tais como: bullyng, saúde bucal etc.
Veja momentos abaixo:
